Crônica: O tabu das peçonhentas
- Ellaine Toledo

- 27 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de jan. de 2024
por Ellaine de Araujo Campos Toledo

Nas grandes organizações, existem dois tipos de colaboradores quando adoecem: os que gostam de se vitimar e chamar a atenção para o seu problema, gerando completa comoção e se colocando no eterno papel de moribundo, e os que preferem se arrumar, se abater o menos possível e driblar as mazelas da dor com um largo e sincero sorriso.
Pasme! Mas algumas pessoas peçonhentas, para se alimentar esperam encontrar exatamente o moribundo, quanto pior fisicamente ou psicologicamente for o estado do colega, mais alegria sentirá, e quando encontram o contrário, não escondem as peçonhas.
Quando um colega de trabalho for entregar um atestado médico, ou estiver afastado e por algum motivo for até a empresa, o correto é guardar as peçonhas e ferrões na gaveta, no bolso, ou até mesmo onde achar melhor.
Independentemente de qualquer coisa, tratar um colega de trabalho com gentileza e respeito é o mínimo que qualquer empresa espera de um colaborador. Chamar a atenção da liderança constrangendo e questionando o colega adoentado se ele ou ela pode usar salto, se pode usar batom, peruca, se pode usar isso ou aquilo, não é de bom tom, existem inúmeras formas mais efetivas de chamar a atenção de uma liderança, e intencionalmente querer descaracterizar a doença que acometeu o colega, muitas vezes, já tão sofrido, não é a mais inteligente.
Serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias existem, estão sempre prontos para dar o bote, e às vezes, até vestem uniforme. Qualquer toxina venenosa causa prejuízos e efeitos danosos, principalmente para quem a distribui, é do conhecimento de todos que a maioria dos animais peçonhentos rastejam e jamais andarão de cabeça erguida. É meus amigos, o veneno pesa!
Nenhuma empresa contrata crianças, logo, todo adulto tem pelo menos uma noção básica do que são comportamentos, palavras e ações aceitáveis no ambiente de trabalho e do que é uma comunicação perversa.
Não importa qual a característica do colega adoentado, se moribundo ou o aparentemente saudável, acolha, alegre-se em vê-lo, mantenha a discrição e uma comunicação positiva, ou pelo menos mantenha a compostura, a educação. E o mais importante, hoje é o colega, amanhã pode ser você!
Brilhe e deixe brilhar!
Sucesso!
Imagem de Isabel García por Pixabay




Empatia tem faltado no mercado. Nas prateleiras, somente antipatia e egoísmo. Muito obrigado pela reflexão😉
O mundo dá voltas hoje será o colega e amanhã pode ser você. Ninguém está livre de nada nesta vida.
Mais empatia!!