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Crônica: Possibilidades e desfechos

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A vida, às vezes, nos surpreende com diferentes possibilidades e desfechos, numa velocidade que nem sempre alcançamos ou entendemos.


Já comprei brigas que não eram minhas, e minhas também. Já silenciei diante do errado, e já vibrei diante do certo. Acreditei em pessoas de bom caráter, para depois descobrir que não eram tão bom caráter quanto acreditei e já fui prejudicada por pessoas de bem. Brindei conquistas alheias e minhas também.


Há muito tempo atrás, acreditei que família era um laço irrevogável, para a minha decepção, não só é revogável, como também, às vezes, precisamos enterrar quem amamos.


Aprendi que no vai e vem de pessoas, muitas estão embaladas a vácuo, no seu próprio plástico, nem sempre reciclável, e ainda assim, agem como se o único umbigo a alcançar fosse o próprio.


Descobri tantas coisas... o amor-próprio deriva de um bom caráter, da responsabilidade que, muitas vezes, evitamos. Amores sinceros existem, eternos nem sempre. Abraços acolhem e até curam, desde que sejam sinceros. Enquanto uma pessoa é influenciada para o bem, dez são para o mal. Amigos, embora raros, existem.


Observei que prestigiar uma pessoa parasita, indolente, não a tornará melhor, apenas reforçará o seu pior, colocando em evidência sua real insignificância. E ainda, muitas vezes, desmotiva o que está ao lado, trabalhando arduamente por uma família mais amorosa, relacionamentos consistentes, ambiente de trabalho equitativo, imparcial e justo. Sim, esses raramente são prestigiados e quando são, surpreendentemente, geram questionamentos.


Entendi que verdades andam de mãos dadas com a confiança, não devem ser ditas a qualquer um, ou andarei sozinha.

 

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay.

 
 
 

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