Crônica: Trapezistas do mal

por Ellaine de Araujo Campos Toledo

Algumas pessoas seguem a vida como verdadeiras trapezistas do mal, com trupe própria e habilidade impecável, vão pulando de pessoa em pessoa disseminando o que há de pior: inveja, cinismo, dissimulação, mentiras e sabotagens.

Muitas vezes, quando alguém se afasta sem motivo aparente, a pessoa se questiona e segue sem entender, o que raramente percebe é que algumas pessoas se afastam porque sabem exatamente o que falaram ou fizeram contra ela, e depois que lançam o mal, para evitar qualquer confronto, covardemente saem de sena.

E só depois de um tempo, terão a resposta do árduo questionamento, e todo sofrimento, como mágica desaparece, dando espaço a um sentimento de libertação, repulsa e até compaixão. E a essa altura, qualquer enfrentamento não terá eficácia.

Entre trapézio fixo, balanço, tecidos, argolas e outros aparelhos, ou melhor, entre trabalho, família, amigos, e outros, o equilíbrio entre o mal e a dissimulação, com destreza, frequentemente, gera um público entusiasmado, até se tornar a próxima vítima. Circo que segue!

Com determinação, concentração e foco, contaminam por onde passam, e como tudo está sempre em evolução, vão inventando, se adaptando e criando novas formas de fazer o mal. Com excesso de confiança e desprovidos de caráter ignoram o perigo: todo trapezista ao pular de um “aparelho” para outro corre risco de queda, e na vida não existe cama elástica. A queda será fatal!

É preciso ter consciência que atitudes geram consequências. Principalmente em meio às adversidades, guiar-se pela ética em sua totalidade (filosófica, profissional, política e religiosa) torna-se essencial, tornando as relações mais humanas e sadias. Qualquer ambiente se torna o melhor do mundo quando as pessoas possuem apreço e respeito a vida, ao outro e a si mesmo.

Seja um trapezista do bem, brilhe e deixe brilhar!

Sucesso!

Imagem de Raphaël Jeanneret por Pixabay